PREÇOS ESPECIAS PARA CIRURGIAS DE CASTRAÇÃO.











ATENDEMOS TODA CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA
LIGUE JÁ E AGENDE A CIRURGIA DE CASTRAÇÃO DO SEU CÃO OU GATO
41-3666-8686

sexta-feira, 13 de maio de 2016

LEISHMANIOSE.

Leishmaniose

O que é a Leishmaniose?

A Leishmaniose visceral é uma doença infecciosa transmitida por um mosquito (mosquito da areia). 

A Leishmania é um parasita microscópico que é transmitido aos animais vertebrados por um vetor (mosquito da areia - Phlebotomus) que tem maior atividade ao nascer e ao pôr-do-sol. Uma vez infectado o animal, o parasita multiplica-se na zona de infecção. Se a resposta imunitária falha, os parasitas disseminam-se para todo o corpo: medula óssea, baço e fígado, causando uma doença crónica e, por vezes, fatal.


Quais os sintomas da doença?

O período de incubação é muito variável, variando de 5 meses a vários anos. Os sinais clínicos mais frequentes que são encontrados nos cães são os problemas de pele (50%), perda de peso progressiva (25%), diminuição do apetite (16%) e intolerância ao exercício (9%). Os problemas de pele mais comuns são alopécias (falta de pêlo) com descamação seca, normalmente começando na cabeça e espalhando-se para o resto do corpo; úlceras crónicas, principalmente na cabeça e membros. 

Outras queixas prováveis são: problemas oculares, hemorragia nasal, excesso de consumo de água, diarreia, vómitos, sangue nas fezes, claudicação, etc. A Insuficiência Renal Crônica é uma das causas indicativas de doença terminal devido à leishmaniose, sendo diagnosticado numa fase já muito avançada da doença.


Como se diagnostica?

O diagnóstico é realizado através de análises sanguíneas, que incluem a realização de um hemograma, perfil bioquímico e a detecção de anticorpos anti-leishmania no soro. Os cães com Leishmaniose, quer sintomáticos, quer assintomáticos, demonstram, na maioria das vezes, resposta humoral (anticorpos), existindo vários métodos de detecção. 

As Leishmanias também podem ser observadas direTamente no sangue através de citologia e/ou histopatologia, não sendo um procedimento muito comum.



Como posso evitar que o meu cão contraia a doença?

Como os cães são o maior reservatório da leishmaniose, é muito importante a prevenção e controlo da doença, podendo a prevenção ser realizada através do uso de inseticidas para prevenir a “picada” do mosquito. Este tipo de prevenção é, hoje em dia, conseguido através de coleiras inseticidas e medicamentos “pour on”. A proteção do seu animal de estimação também pode ser potenciada evitando a exposição à rua uma hora antes do anoitecer e uma hora após o amanhecer, visto ser neste períodos que o mosquito da areia tem maior atividade.

É muito importante aconselhar-se com o Médico Veterinário acerca da melhor maneira de prevenção e do controlo periódico da titulação de anticorpos anti-leishmania.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

CÂNCER DE MAMA

Câncer mais comuns em cães.
Os cânceres, também conhecidos como neoplasias na veterinária, são mais comuns em fêmeas do que em machos, e os mais comuns são os de pele (carcinoma epidermoide), câncer de mama, câncer testicular. Além, é claro, dos cânceres internos em vários órgãos, como útero, ovários, baço, fígado e pulmões.


É possível prevenir ?
Não há formas de prevenir o câncer canino, pois é uma predisposição genética, mas no caso de tumores do aparelho reprodutor, sim, é possível prevenir se realizada a castração antes do primeiro cio nas fêmeas ou antes da maturidade sexual nos machos.

Fêmeas que tiveram filhotes durante a vida têm menos chance de desenvolverem câncer?
O fato de ter ou não cria não influencia no aparecimento dos cânceres. Isso é um mito que vem de estudos na medicina humana, na qual mulheres com um filho ou mais têm menos chances de ter cânceres.

É mais fácil o cão ter câncer conforme ele for ficando mais idoso? O risco de desenvolver câncer tem algo a ver com idade, ou há cães filhotes que podem desenvolver a doença?
Com certeza a idade avançada favorece o aparecimento de cânceres, principalmente quando já se tem a predisposição genética para o problema.

Há alguma raça que tenha mais frequência de câncer?
Todas as raças estão susceptíveis ao problema, não tendo tanta predisposição racial, mas claro que alguns fatores físicos e anatômicos favorecem o problema, como uma pelagem clara pode ser mais susceptível ao câncer de pele.

Quais são os sinais de um câncer?
É muito difícil de identificar um câncer em fase inicial, por isso é recomendado levar o animalzinho periodicamente ao veterinário, que esse, sim, está habituado a constatar anormalidades e iniciar o processo de tratamento o quanto antes, evitando assim consequências graves que o problema possa trazer.

Como o câncer é diagnosticado?
O diagnóstico principal é baseado em exames laboratoriais, histopatológicos e punções e biopsias dos cânceres. Passando, claro, primeiro pelo diagnóstico clínico geral para solicitação de tais exames.

Como prevenir o câncer de pele em cães? Existem protetores solares específicos? Como deve ser a utilização?
Já existem no mercado alguns protetores solares específicos para cães, mas os custos ainda são muito altos. Diante disso, temos a opção de utilizar protetores solares humanos mesmo, passando principalmente na barriga e no focinho do animal sempre que ele for para área desprotegida e nos horários de maior incidência solar.

Como é feito o tratamento do câncer?
O tratamento é dividido em três partes: terapêutica, curativa e paliativa. Grande parte dos tumores tem uma solução cirúrgica que é a mais segura e eficaz; temos também para alguns casos a utilização da quimioterapia, que tem uma resposta variando de animal para animal, além do tratamento paliativo, que contorna os sintomas dos tumores, como inflamação, dor.

No caso de câncer no sangue, o cachorro faz quimioterapia, como os humanos? Como é o tratamento?
Nos cães também se utiliza a quimioterapia, mas em doses mais baixas e menos agressivas do que em humanos, pois na veterinária o intuito é de trazer qualidade de vida ao animal, e não buscar a cura por completo! Hoje em dia se consegue, sim, grandes resultados nos tratamentos dos cães com a quimioterapia e também com as cirurgias. Basta conseguir diagnosticar o problema o quanto antes possível.
Já obtive muitos resultados positivos com a quimioterapia e a remoção cirúrgica de tumores, e acredito que hoje a eutanásia – que era realizada quando se acreditava que o câncer era uma doença sem cura – esteja distante deste quadro, sendo somente praticada em casos extremos que chamamos de terminais, quando há presença de metástase do tumor para órgãos fundamentais do animal, como é o caso do pulmão.








quinta-feira, 25 de junho de 2015

CINOMOSE


A cinomose canina é uma moléstia febril altamente contagiosa de cães e outros carnívoros, sendo considerada a doença viral mais prevalente nos cães e a causa mais comum de convulsões em cães com menos de 6 meses de idade.
O vírus da cinomose canina é responsável por altas taxas de mortalidade.
A transmissão ocorre principalmente por  infectantes provenientes de secreções e excreções oculares, respiratórias, digestivas e urinárias dos animais contaminados.
O vírus é eliminado por até 60-90 dias após a infecção, mas principalmente na fase aguda, 1 a 2 semanas, sendo as fontes de infecção mais comuns o ar,  água e alimentos contaminados.
As maiores oportunidades de disseminação ocorrem em ambientes onde os cães são mantidos em grupos, como lojas de animais, abrigos, canis.
Os principais sintomas são: Conjuntivite, rinite, tosse, vômito, diarréia, pústulas na  região da barriga.
Não existe  tratamento para a cinomose, apenas são usados medicamentos para o controle dos sintomas.
A melhor forma para se prevenir a cinomose é a vacinação. Que deve ser feita em filhotes a partir dos 45 dias de idade.





quarta-feira, 24 de junho de 2015

GRIPE CANINA OU TOSSE DOS CANIS


GRIPE CANINA OU TOSSE DOS CANIS.
A traqueobronquite infecciosa canina ou Tosse dos Canis é uma doença contagiosa, caracterizada por provocar nos cães infecção respiratória de início súbito, secreção naso-ocular e ataque agudo de tosse.
 Para cães que se infectaram com um único agente, a doença é geralmente branda e. Mas, é alta a ocorrência de infecções causadas por múltiplos agentes, com conseqüente agravamento dos sinais clínicos. A Bordetella bronchiseptica e o vírus da parainfluenza canina são os agentes mais comumente isolados de cães com Tosse dos Canis. 

Entretanto, outros vírus e bactérias podem influenciar no progresso clínico e resultado da infecção.
 Já foram desenvolvidas vacinas para a maioria dos agentes associados à doença. A VACINAÇÃO  é recomendável, principalmente aos animais que costumam ser hospedados em hotéis ou que vão para canis e “pet shops”
 Entretanto, a Tosse dos Canis ocorre também em animais mantidos em domicílios; podendo afetar cães de qualquer faixa etária . As formas de transmissão mais comuns se dão através do contato direto entre cães, ou contato indireto, pelo ar, através de secreções respiratórias. 
As vacinas estão disponíveis contra a maioria dos agentes que tem papel na patogenia da Tosse dos Canise vem sendo utilizadas em programas de vacinação na rotina da  CLINICA VETERINÁRIA COLMÉIA.
A VACINAÇÃO anual é a melhor forma de prevenir essa doença. Além da vacinação tome outros cuidados tome outros cuidados com seu companheiro, mantenha - o protegido do frio e das intempéries.





segunda-feira, 1 de junho de 2015

PROMOÇÃO CASTRAÇÃO DE CÃES E GATOS









  •  PROMOÇÃO CASTRAÇÃO DE CÃES E GATOS


LIGUE E AGENDE UM HORÁRIO

41 - 3666-8686

ATENDEMOS CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA

PARCELAMOS EM ATÉ 3 X NOS CARTÕES DE CRÉDITO


terça-feira, 1 de outubro de 2013

SETEMBRO MÊS DE VACINAR SEU PET.


Coloque em dia as vacinas do seu melhor amigo:
As doenças adquiridas pelos nosso amigos cães e gatos por falta de vacinação são várias e diversas e muitas das vezes não tem como reverter o quadro clinico.
Pensando nisso a COLMEIA VETERINÁRIA está com preços promocionais para as vacinas.

DURAMUNE MAX (Imuniza contra 10 doenças) https://sites.google.com/site/saudecanina/vacinas-e-vacinacao/V10-vacina-decupla-DURAMUNE-MAX-5CvK-4L


RAIVA http://www.raiva.com.br/viva_melhor_sem_raiva/como_prevenir/vacinas/vacina_rabisin.asp

GIARDIA https://sites.google.com/site/saudecanina/vacinas-e-vacinacao/giardiavax-vacina-contra-a-giardiase-canina

BRONCHIGUARD (Gripe Canina)https://sites.google.com/site/saudecanina/vacinas-e-vacinacao/bronchiguard-bronchi-shield-iii-e-pneumodog-todas-contra-a-tosse-dos-canis


Ligue e agende um horário para o seu pet

366-8686

PREÇOS PROMOCIONAIS PARA O MÊS DE SETEMBRO DE 2013.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Giardiase

Giardíase


Descrição e Ciclo da Doença

Denomina-se giardíase a infecção pelo protozoário G. Duodenalis acompanhada por sinais clínicos. A manifestação clínica da doença pode proceder em um a dois dias á eliminação dos cistos. Dentre os animais domésticos, o protozoário, pode acometer cães, gatos, ovinos, bovinos, caprinos e cavalos, entre os animais silvestres são citados pássaros, camundongos e vários outros mamíferos selvagens.
O protozoário apresenta duas formas no seu desenvolvimento, trofozoítos e cistos.
A ingestão da água contaminada com cistos é a maior causa de giardíase nos animais e no homem, o que caracteriza como uma doença de veiculação hídrica.A sobrevivência dos cistos na água depende da temperatura, eles podem permanecer viáveis por até dois meses em água a 8 °C, e por apenas quatro horas em água a 37 °C. Após a ingestão de cistos há o desencistamento dos trofozoítos. Esse fenômeno é iniciado no estômago pelo ácido gástrico, que ativa os cistos, o processo é completado no duodeno. O ambiente ácido do estômago, um pH de 2,0 ou menos, e o pH praticamente neutro do duodeno são essenciais para este processo.
A colonização pelos trofozoítos está limitada ao duodeno distal e jejuno proximal. Uma vez que estejam no ambiente do conteúdo intestinal e na corrente fecal, as alterações ambientais fazem com que os trofozoítos encistem. Os cistos são expelidos nas fezes após um período pré-patente, que varia de 6 a 14 dias. Após a ingestão por um
hospedeiro apropriado, o ciclo se repete.

Sinais Clínicos
Geralmente, os animais infectados apresentam fezes de coloração pálida, amolecidas e com odor fétido, ocasionalmente podendo ser aquosas ou hemorrágicas. Alguns animais podem apresentar perda de peso, anorexia, febre, vômitos e dor abdominal.
Porém, a maioria dos casos são subclínicos, especialmente em animais adultos. Nesta faixa etária, a giardíase pode ser assintomática. A doença clinicamente aparente ocorre principalmente em filhotes e animais debilitados ou com doenças concomitantes, sendo a diarreia o sinal clínico mais comum. A diarreia também é comum em animais jovens e que vivem em locais de alta densidade populacional, como canis e gatis.
A variação na manifestação clínica da giardíase resulta de fatores relacionados ao hospedeiro, tais como sua resposta imunológica e sua condição nutricional. Assim como, de fatores referentes ao parasito, como a virulência e a patogenicidade da cepa de Giardia.
A giardíase tem sido uma das principais causas de doença nos animais domésticos, constituindo-se em problemas relativamente comuns na clínica médica de pequenos animais, em que pese o uso mais frequente de vermífugos, o problema é visto diariamente em consultórios, clínicas e hospitais veterinários ”.


Diagnóstico
O diagnóstico realizado através da Técnica Coproparasitológica, onde os cistos e trofozoítos estão presentes em amostras fecais, são o meio diagnóstico definitivo de giardíase, porque os sinais clínicos e os testes biológicos laboratoriais, não são específicos.
A técnica da centrifugação com sulfato de zinco, é o método preferencial para a detecção dos cistos de G. duodenalis. As fezes podem ser preservadas em 2 a 5% de formalina. Contudo, um exame fecal negativo não descarta a possibilidade de infecção por G. duodenalis, porque o período pré - patente pode ser mais longo que o período de incubação, e frequentemente o hospedeiro elimina os parasitas intermitentemente. O exame direto de amostras fecais por três dias consecutivos é necessário, para apoiar a confiança no resultado de que a giardiase pode ser eliminada das considerações diagnósticas.
Outras técnicas podem ser utilizadas para detecção de Giardíase como: Técnica para Detecção de Coproantígenos (ELISA), este teste detecta antígenos nas fezes conservadas em formol ou mantidas sob refrigeração, ou também pode ser solicitado reação da polimerase em cadeia (PCR).

Tratamento

Albendazol, pertencente ao grupo benzimidazóis, é administrado dois dias para cães com 90% de eficiência, mas é potencialmente tóxico, causando mielosupressão, também há suspeitas que seja teratogênico, não sendo indicado para gestantes.
O fenbendazol, também é do grupo dos benzimidazóis, apresenta para cães um efeito de 100% de remoção de Giardia, (de 6 em 6 cães tratados), não foram observados efeitos colaterais como diarréia .
Os compostos nitroimidazóis, como metronidazol, o ipronidazol, o secnidazol e
o tinidazol, possuem estrutura química e mecanismo de ação semelhante aos derivados
nitrofurínicos e tem sido empregados com sucesso no tratamento de Giardia.
O importante é observarmos que nenhuma droga funciona em 100% dos casos. Os testes de triagem das drogas estão baseados na remoção dos cistos das fezes, porém é possível que os organismos ainda estejam no trato intestinal, que haja inibição de produção de cistos por um período de tempo e ocorra uma infecção futura. Certamente que a autoinfecção externa também pode ocorrer pela presença de cistos nos pêlos do animal, por isso o período pré-patente para Giardia é extremamente curto, pois é possível um animal se reinfectar e excretar cistos, 5 dias depois do último tratamento.
Falhas no tratamento da giardíase podem ser observadas, estas poderiam resultar da resistência do parasita aos fármacos, da sensibilidade diferenciada das cepas de Giardia e dos possíveis déficits da resposta imune do hospedeiro.

Controle e Prevenção

Medidas de desinfecção do ambiente são sempre fundamentais no controle do protozoário, bem como de outras infecções provocadas por outros agentes. É importante salientar que também é necessário o banho no animal, pois alguns protozoários podem ter ficado aderidos na pelagem, e no momento da desinfecção do ambiente, dos canis ou gatis, por exemplo, é necessário observar se a água utilizada não atinge outros ambientes de moradia dos animais, provocando falha no processo.
Atualmente, no Brasil vem sendo empregada uma vacina específica para Giardia spp. Os animais podem ser vacinados contra giardíase pela imunização com extratos de trofozoítos de G. duodenalis ou sobrenadante de cultura celular, porém a eficiência protetora não está bem testada.

A Colméia Clínica Veterinária, oferece serviços de Vacinação contra Giárdia , Consultas e Exames laboratoriais específicos para animais com suspeita de doença. Qualquer informação entrar em contato pelo telefone: (41)3666-8686.


Drª Tayná Caroline Schwonka Vilcek.


AMARAL, A. V. C., VIANA, F. A. B., BORGES, K. D. A., ATAYDE, I. B., 2003. XXIV Congresso Brasileiro da ANCLIVEPA – Belo Horizonte, 2003.
BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G. Manual Saunders Clica de Pequenos Animais. Ed. Roca, 1ed. P: 785 – 786, 1998.

GREENE, C. Infections Diseases of the Dog and Cat. BARR, S.C. Enteric Protozoal Infections, Cap 78, p. 482 – 486, 2ª ed, 1998.

JENKINS, M. C. Advances and prospects for subunit vaccines against protozoa of veterinary importance. Veterinary Parasitology, Beltsville, Vol. 101, p: 291 – 310,
2001.

KOENE, M. G.; HOWERS, D. J. Giardia, a potential cause of diarrhea. Tijdschr Diergeneeskd, Utrecht, Vol. 124 (10). p: 302 – 310, 1999.

LALLO, M. A.; RODRIGUES, L. C. S.; BONDAN, E. F. Giardíase em cães e gatos - revisão. Clínica Veterinária, 43: mar/abr, p. 40 – 44, 2003.

McGLADE, T. R.; ROBERTSON, J. D.; ELLIOT, A. D.; THOMPSON, R.C. A., High Prevalence of Giardia detected in cats by PCR. Veterinary Parasitology, Murdoch, Vol. 110, p: 197 – 205, 2003.

MELO, S. B.; FILHO, P. R. C.; LOPES, C. W. G. Giardíase Felina: Abordagem Clínica e Zoonótica, CIMFEL – II Congresso Internacional de Medicina Felina, 2003.

MUNDIM, M. J. S.; SOUZA, S. Z.; HORTNCIO, S. M.; CURY, M.C. Frequencia de G. duodenalis. por dois métodos de diagnósticos em fezes de cs. Arquivo Brasileiro de Veterinia e Zootecnia, Belo Horizonte, Vol 55. N 6. 2003.

SWANGO, L. J.; BANKEM, K. W.; KONG, L. I. Tratado de medicina interna veteriária Infecções Bacterianas, Riquetsiais, Protozoais e Outras. In: ETTINGER, S.J.; FELDMAN E.C.. 3a ed. Editora Manole, SPaulo, Vol.1, cap.46, p: 298-299, 1992.

THOMPSON, R. C. A.; HOPKINS, R. M.; HOMAN, W. L. Nomenclature and Genetic Groupings of Giardia Infecting Mammals. Parasitoloty Today, Murdoch University, Vol. 16,n. 5. p: 210 – 217. (12), 2000.

SHERDING, R. G. The Cat Diseases and Clinical Management. 2ª ed. Ed. Robert G. Sherding. Vol. 1. p: 601 – 603, 1994.









quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Leptospirose


Leptospirose

A Leptospirose é uma zoonose (doença transmitida dos animais para o homem assim como do homem para os animais) causada por uma bactéria do gênero Leptospira, possuindo distribuição mundial com altíssima incidência em regiões tropicais intimamente relacionada a épocas de chuvas e enchentes.
No Brasil, como em outros países em desenvolvimento, a maioria das infecções ocorre através do contato com águas de enchentes contaminadas por urina de ratos. Nesses países, a ineficácia ou inexistência de rede de esgoto e drenagem de águas pluviais, a coleta de lixo inadequada e as consequentes inundações são condições favoráveis à alta endemicidade e às epidemias.
A transmissão em cães pode ocorrer por contato direto de animais infectados, ou mais frequentemente, por transmissão indireta, onde o animal susceptível fica exposto a uma ambiente contaminado. A leptospira se multiplica rapidamente após entrar no sistema vascular espalhando -se por muitos órgãos e tecidos, incluindo rins, fígado, baço, sistema nervoso central, olhos e trato genital.
A apresentação clínica da leptospirose é bifásica, uma fase aguda e outra septicêmica (leptospiremia) que dura cerca de uma semana, seguida de uma fase imune, caracterizada pela produção de anticorpos e eliminação de leptospiras na urina (leptospirúria).
Fase de leptospiremia: fase de multiplicação do agente na corrente circulatória e em vários órgãos (fígado, baço e rins, principalmente). Ocorrem lesões mecânicas em pequenos vasos, causando hemorragias e trombos, que levam à infartes teciduais. A icterícia (aumento da concentração de bilirrubina na circulação) ocorre principalmente devido à lesão hepática, e não à destruição de hemácias. O rim começa a ter problemas de filtração. Há uremia ( aumento da concentração de uréia e ou creatinina mais sinais clínica associados) e o animal apresenta hálito de amônia. Este é o quadro agudo da doença no homem e no cão. A duração desta fase é de aproximadamente 4 dias (raramente chega à 7 dias).
Fase de leptospirúria: é a fase de imunidade, é caracterizada pela formação crescente de anticorpos com estabelecimento das leptospiras em locais de difícil acesso aos mesmos. Formam massas nos túbulos contornados renais, na câmara anterior do globo ocular, no sistema reprodutivo (vesícula seminal, próstata, glândula bulbo-uretral). A leptospirúria pode ser intermitente e durar de meses a anos.
O diagnóstico inicial da leptospirose é feito com base nos sintomas e sinais clínicos, avaliação do histórico e contexto epidemiológico e pelos resultados de exames laboratoriais, tais como elevação de atividade de enzimas hepáticas, bilirrubina, creatinina e uréia séricas. O diagnóstico laboratorial inclui hemograma completo, urinálise, sorologia e identificação da bactéria em tecidos apropriados. Na rotina clínica , a confirmação do diagnóstico clínico e epidemiológico se dá pela pesquisa de anticorpos específicos no soro, por meio do teste de soroaglutinação microscópica, ELISA, ou teste de aglutinação macroscópica em lâmina.
A terapia de suporte para animais com leptospirose depende dos sinais clínicos, da presença de disfunção renal e/ou hepática e outros fatores complicantes. Deve -se promover a hidratação a qual pode reverter os quadros de oligúria (diminuição a frequencia urinária) e anúria (ausência de urina), devendo ser usados diuréticos em casos mais graves. Também podem ser utilizados anti – eméticos quando da ocorrência de vômitos, em casos de hemorragia pode ser necessária a transfusão de sangue. A terapia com antibióticos deve começar tão breve possível, sendo a penicilina e seus derivados o antibiótico de escolha para o tratamento da leptospiremia.

A leptospirose é uma zoonose importante no Brasil e o cão por seu intimo contato com o homem, pode se tornar uma fonte de infecção. Para a prevenção da leptospirose, tanto humana quanto canina, é preciso a implementação de uma série de medidas de controle, como o controle da população de roedores, a manutenção de um ambiente desfavorável à sobrevivência das leptospiras e isolamento e tratamento dos animais infectados, além de se evitar o contato com água de enchentes para que não ocorra a disseminação da doença. Além dessas e outras medidas, a vacinação dos animais domésticos é de extrema importância prevenindo o aparecimento da doença.

A Colméia Clínica Veterinária possui um grande experiência em casos de Leptospirose, realizando detalhadamente exames clínicos e laboratoriais, além de programas de vacinação prevenindo o surgimento da doença.


Drª Tayná Caroline Schwonka (Médica Veterinária).


Referencia Bibliográficas

VIGNARD- ROSEZ,K.S.F; ALVES,F.A.R. Leptospirose canina. Disponível em : <http://www.cepav.com.br/br/paginas_internas/textos_tecnicos/leptospirose.html>. Acesso em : 13 de agosto de 2012.


MARTINS, F. S. V. ; CASTIÑEIRAS, T. M. P.P. Leptospirose. Disponível em : <http://www.cives.ufrj.br/informacao/leptospirose/lep-iv.html>. Acesso em: 13 de agosto de 2012.


GARCIA, M. Leptospirose. São Paulo. Disponínel em:<http://www.mgar.com.br/zoonoses/aulas/aula_leptospirose.htm>. Acesso em : 21 de agosto de 2012.


GREENE, C.E; SCHULTZ, R.D.Imunoprophylaxis. In: GRENNE, C.E. (Ed.) Infectious diseases of dog and cat. 3. ed. St. Loius: Elsevier, v., 2006.p.1069-1119.


LEVETT, P.N.Leptospirosis. Clinical Microbiology Reviews, v.14, n.2, p.296-326, 2001.

SCHMITT, C.I; , JORGENS, E.N. Leptospirose em Caes : Uma Revisão Bibliográfica. Disponível em : < http://www.unicruz.edu.br/seminario/artigos/saude/LEPTOSPIROSE%20EM%20C%C3%83ES%20-%20UMA%20REVIS%C3%83%20BIBLIOGRAFICA.pdf>. Acesso em : 13 de agosto de 2012.




quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A importância dos exames laboratorias na rotina clínica do Médico Veterinário



Atualmente, médicos veterinários de todo o mundo vem se deparando com a importância da realização de exames laboratoriais para auxílio diagnóstico, tanto para animais de companhia, quanto para animais de produção.
A Patologia Clínica, subespecialidade da patologia que lida com o uso dos métodos laboratoriais (química clínica, microbiologia, hematologia, bioquímica sérica) para diagnóstico e tratamento de doença é, em termos gerais, o estudo da doença no ambiente clínico por meio de exames laboratoriais.
Os principais motivos empregados para que haja a realização de exames laboratorias são: A detecção de um estado patológico não identificado, definição, classificação ou confirmação de possíveis patologias, eliminação de causas e avaliações de estado patológico decorrentes da progressão da doença ou terapêutica utilizada.
A realização de um exame físico completo e a obtenção prévia do histórico completo do animal são procedimentos importantes para o clínico selecionar os principais métodos diagnósticos que irão confirmar ou descartar possíveis patologias.
Na rotina clínica, os principais exames envolvem fluidos corpóreos (sangue, soro, plasma, urina, fezes e fluidos em geral) sendo classificados em três categorias :

Testes Hematológicos clínicos: (amostras de sangue total): Hemograma Completo (contagem total de eritrócitos, leucócitos, plaquetas e contagem diferencial de leucócitos), Coagulograma (avaliação da coagulação sanguínea).

Testes de Bioquímica clínica : (amostras de soro, plasma, urina) destacando ALT, AST, GGT, F.A, Bilirrubina que avalia função ou lesão do Fígado; Creatinina, Uréia, Relação Proteína: Creatinina Urinária avaliando os Rins; Amilase e Lipase avaliando o Pâncreas; e demais exames bioquímicos associados a outras alterações como Glicose, Triglicerídeos, Colesterol, Proteínas Totais, Albumina, Globulinas dentre outros.

Testes de Microscopia Clínica:
Citologia Clínica: onde avalia populações de células e suas características microscopicamente.
Análise de sedimento urinário (exame de urina): Exame microscópico da urina para detectar a presença de células e outras estruturas.
Parasitologia Clínica: Análise microscópica de fezes, urina, sangue ou outras amostras para detectar a presença de ovos, larvas ou outras formas de parasitas.

Para a correta execução dos exames laboratorias, o médico veterinário deve prestar atenção aos seguintes itens:

  • Preparo do paciente: animais mantidos em jejum por, no mínimo 8 horas, antes da colheita das amostras de sangue.
  • Técnica de colheita adequada
  • Frasco de colheita adequado ( Hemograma: Frasco com tampa roxa contendo EDTA; Exames Bioquímicos: Frasco de tampa vermelha sem a presença do anticoagulante; Coagulograma: Frasco de tampa azul contendo Citrato de Sódio dentre outros).
  • Volume adequado para análise: mínimo 3 ml (amostras com menor volume acarretam em alterações das células mascarando o resultado).
  • Manuseio da amostra: Identificação adequada de todas as amostras; Manutenção das amostras em temperatura adequada (2 a 8°C); Processamento imediato levando a resultados mais confiáveis.

Na Colméia Clínica Veterinária são realizados os seguintes exames :

Testes Hematológicos: Hemograma completo com contagem de plaquetas; Eritrograma; Leucograma; Hematócrito + proteína plasmática; Contagem de Reticulócitos; Pesquisa de Hemoparasitas; Pesquisa de Microfilária.
Testes Bioquímicos: Albumina; ALT; AST; Creatinina; Colesterol; Fosfatase Alcalina; Glicose; Proteína Total; Triglicerídeos; Uréia;

Perfis e Funções:

  • P1 ( Hemograma + ALT + Creatinina);

  • P2 ( Hemograma, ALT, Creatinina, Fosfatase Alcalina, Uréia);

  • P Anestésico ( Hemograma, ALT, Creatinina, Glicose);

  • Função Hepática Cão (ALT, F.A, Albumina);

  • Função Hepática Gato (ALT, GGT, Albumina);

  • Perfil Endócrino (Colesterol, Triglicerídeos, F. A).


Testes de Microscopia: Coproparasitológico; Urinálise; Análise de Líquido Cavitário; Citologia Otológica; Citologia Vaginal; Raspado de Pele.

Demais exames que não constam na lista, são encaminhados e processados por laboratório conveniado.
Informações sobre preços e realização de exames entrar em contato com a clínica pelo número : (41)3666-8686.

Drª Tayná Caroline Schwonka (Médica Veterinária).

Referencia Bibliográfica: STOCKHAM, Steven L.; SCOTT, Michael A. Fundamentos de patologia clínica veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

EXCESSO DE PESO





Frasezinha danada essa, de efeito devastador, tira o sono de muita gente, principalmente no inicio do verão, quando as pessoas querem ir à praia e começam a se olhar mais no espelho, é de perder o folego; as pessoas querem o todo custo estarem mais magras, com uma aparencia melhor, isso é muito dificil de acontecer de uma para outra, aí entram as academias, fórmula miraculosas quase mágicas, que prometem quase tudo, exceto saúde; já existia antes, agora a preocupação com o excesso de peso passou a ser maior também nos animais de companhia, seja ele cachorro ou gato, como esta na moda ser politicamente correto, mudaram até o nome do problema, antes era gordo, virou obeso, que virou animal com sobrepeso, agora é sobrealimentado.
Estudos sugerem que 25% dos cães que vivem em casa ou apartamentos estão obesos ou sobrealimentados, como queiram, alguns chegando a pesar 80% acima do ideal. Esta provado que os animais com peso adequado vivem mais e melhor que os sobrealimentados.
Alguns estudos realizados nos USA, Japão e agora no Brasil dão conta de que animais alimentados adequadamente vivem até 30% a mais que os sobrealimentados. Está provado a comida também mata. Essa diferença na perspectiva de vida dos sobrealimentados esta relacionada a diversos fatores, tais como:
1° - Dificuldade em movimentar-se;
2° - Prejuízo de articulações do joelho e coluna vertebral; sobretudo, coluna lombar. Nas articulações do joelho há uma sobrecarga nos ligamentos e da própria estrutura óssea; já na coluna lombar, na maioria das vezes ocorrem neoformações na estrutura óssea ou diminuição do espaço inter-vertebral, ocorrendo até a calcificação destes, provocando dores no animal toda vez que ele tenta se movimentar;
3° - Acumulo de gordura em órgãos internos; tais como fígado, pericárdio, vasos sangüíneos, ao redor dos rins, etc, além de formarem uma capa de gordura logo abaixo da pele, que antigamente servia de proteção contra o frio e hoje não tem serventia alguma;
4° - Produção e liberação de enzimas e radicais livres que com o passar dos anos levam a deterioração do organismo; ocorrendo em função disso colesterol alto, diabetes etc;
5° - Alguns fatores facilitam o ganho de peso do animal, entre eles: Genética (labrador, rotwelleir), desequilíbrios hormonais (castração, distúrbios da tireóide), dieta em excesso (nossa grande vilã);



A tabela abaixo mostra as características de cada peso:



Animal Subalimentado Animal Com Peso Ideal Animal Sobrealimentado
- Costelas estão à mostra;
- Palpando o animal, consegue-se sentir o contorno das costelas; - Quando palpado não percebe o contorno das costelas;
- Ossos pélvico são aparentes e proeminentes;
- A cintura pode ser observada(de cima, o animal lembra uma ampulheta); - Sem cintura quando visto de cima;
- Cintura e dobra abdominal exageradas. - Visto de lado, a prega da virilha lembra um triângulo. - Visto de lado, não há definição da cintura.



O manejo nutricional do animal sobrealimentado, visa principalmente a atender a 3 itens básicos:
1) Minimizar a sensação de fome do animal - E consequentemente sua ansiedade em comer; esta é, com certeza a maior barreira que encontramos; tirar hábitos arraigados a cultura do proprietário e do seu animal de companhia não é tarefa fácil, é tarefa Hercúlea; hoje existem rações e medicamentos que auxiliam no controle da sensação de fome e consequentemente da ansiedade em comer. Reeducação alimentar é algo imprescindível quando se fala em sobrealimentação, depois de descartada as possibilidades de distúrbios metabólicos, resta ao Médico-Veterinário lançar mão de meios que possam facilitar essa empreitada, entre elas está em ter uma conversa franca e clara com o proprietário do animal, visando auxiliá-lo nessa tarefa, lançando mão de produtos que facilitam a vida de todos os envolvidos.
2) Minimizar a perda de massa magra (músculo)- Associada à perda de gordura que ocorre durante o processo de perda de peso; isso se consegue com alimentação adequada associada a exercícios que reforçarão essa troca de gordura pôr ganho de massa muscular com perda de peso; estudos comprovam que quanto mais massa muscular, um quilo de massa muscular consome mais energia que um quilo de gordura.
3) Manutenção do peso ideal após a redução de peso- Parte importante de todo o processo, isso é para a vida toda.



Um bom manejo nutricional deve incluir entre outras coisas:
- Começar um programa de reeducação alimentar supervisionado pôr um Médico-Veterinário, que após avaliar o animal, poderá solicitar exames, além de verificar parâmetros que indicam excesso de peso e estruturas ósseas que possam estar comprometidas, indicar atividades esportivas, como caminhadas de poucos minutos em volta da quadra, que aos poucos vão se expandir para parques, brincadeiras com bolinhas, piscinas, etc.
- Escolher uma ração na qual o animal se adapte e que seja ideal para raça e objetivos traçados; não adianta a ração ser light, se ela fica a vontade;
- Restringir o fornecimento da ração a determinados horários e a certas quantidades;
- Além da ração, fornecer alimentos pouco calóricos em quantidades também limitadas, tais como frutas e verduras; que fornecem fibras, vitaminas e minerais, além de controlar a ansiedade por comida.
Conversar com seu Médico-Veterinário é fundamental, ele, com certeza lhe ajudará nesta tarefa de proporcionar mais e melhores anos de vida ao seu amigo(a

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Castração de Machos:

Eis a questão; castrar ou não castrar o macho?
Na nossa sociedade isso ainda é visto como algo distante da nossa realidade, algo como mutilar, esfacelar, denegrir a imagem do animal perante a sociedade e os seus companheiros, com a fêmea tudo bem, seus órgãos não estão expostos, são internos, ninguém os vê, muito menos consegue palpa-los, já com os machos não, seus órgãos estão ai a olhos vistos, saltando para fora do corpo, mostrando toda a sua “autoridade”. Mas e daí como vamos conviver com esses seres em espaços cada vez menores quando estiverem na fase adulta, com hormônios aflorando a pele, demarcando território, “atacando” tudo o que se move a sua frente, a culpa não é deles, se alguém pensa em reclamar fale com a mãe natureza, ela manda e quem pode manda o resto obedece.
A muito tempo isso deixou de ser tabu em muitos países tais como USA e Japão, França, Inglaterra, entre outros. Para esses povos é normal adquirirem um animal e vir junto um pacote incluindo endereço do médico veterinário que o atende, as vacinas que tomou e as que precisa tomar enquanto filhote e o valor da castração; o novo proprietário só precisa entrar em contato com médico veterinário para fazer as vacinas e agendar a castração independente de ser fêmea ou macho.
Vamos a algumas considerações quanto a castração de machos, tanto gatos quanto cães:
1° - A castração deve ser feita enquanto o animal for considerado jovem, em torno de 4-6 meses de idade. Um animal adulto já tem vícios e hábitos que a cirurgia não vai eliminar, ou seja, ele continuará com hábitos antigos tais como, demarcar território, das suas voltinhas nas redondezas, alguns continuam tendo interesse sexual e copulam com fêmeas no cio;
2° - Quando feita na idade certa, ainda não houve influência hormonal, o que diminui a incidência de alguns tipos de tumores;
3° - Pelo fato de saírem menos de casa, correm menos riscos de serem atropelados por automóveis ou comerem algo estragado na rua;
4° - Diminui a incidência de ectoparasitas como pulgas e carrapatos e também de endoparastias visto que saem menos às ruas;

5° - Evitam situações incômodas quando na presença de visitas; ninguém gosta de um cão que se gruda na perna da visita ou do gato que urina toda vez que tem alguém diferente em casa;
6° - Podem machos e fêmeas coabitar um mesmo espaço;
7° - Os animais tornam-se mais dóceis, porém os cães continuam tendo instinto de guarda.
Esses são alguns dos benefícios em se castrar um cão ou gato, caso queiram mais informações conversem com o médico veterinário que os atende e ele certamente apontará mais alguns. Abraços e boa sorte.

Dr º Marceal M.C. Beltrani
Cirurgião da Colméia Veterinária.

quarta-feira, 30 de março de 2011

GRIPE CANINA

Gripe Canina:

- É pessoal, findou o verão, estamos em nova estação, o outono, época em que as folhas caem e as arvores adormecem e voltam a florir somente na primavera, esta época é uma fase de mudanças, onde os dias vão ficando cada vez mais curtos, com uma variação climática muito acentuada, favorecendo assim o surgimento de “novas companhias”, entre elas as famosas doenças de meia estação, onde a mais famosa é a tosse dos canis, bordetelose, gripe canina, traqueobronquite canina, etc.

- A gripe canina, é uma doença altamente contagiosa, transmitida por contato direto de um animal com outro, por espirros, vasilhas de alimentação. A transmissão ocorre de forma rápida, propagando-se e contaminando todos os animais não protegidos do ambiente, daí o nome tosse dos canis, ataca animais de qualquer idade, dando preferência aos filhotes não vacinados ou imuno-suprimidos.
- Causada por uma bactéria de nome Bordetella Bronchiséptica, acaba favorecendo e facilitando a invasão de vírus, produzindo um quadro infeccioso que pode abranger todo o sistema respiratório, inúmeras vezes causando pneumonia ou broncopenumonia.
- Os sintomas mais comuns de B. Bronchiséptica são tose seca (sem catarro), que se manifesta geralmente quando o animal faz um movimento brusco desencadeando a tosse, que muitas vezes vem acompanhada de engasgos, vômitos espumosos; quando ocorre broncopneumonia há secreção nasal e às vezes conjuntivite, com a temperatura chegando até os 40,°0 C.
- O diagnóstico é feito baseado na sintomatologia clínica e relato de não vacinação do animal. Exames complementares as vezes são necessários, principalmente quando houver suspeita de envolvimento pulmonar.
- O tratamento baseia-se em não expor o animal a movimentos bruscos, mantendo-o isolado, com medicação de suporte como antibiótico por 7 a 14 dias, algumas vezes um suplemento alimentar, antitérmicos quando necessário, anti-inflamatórios também ajudam.
- A prevenção baseia-se em vacinar filhotes e adultos, limpeza de canis com água sanitária ou cloreto de benzalcônio.

Marceal M.C.Beltrani. Médico Veterinário.


quinta-feira, 17 de março de 2011

SAUDE PUBLICA

- Leptospirose já fez 85 vítimas em Curitiba em 2010. Doença grave é provocada por bactéria eliminada na urina do rato, em especial nos períodos de chuva. Redação Bem Paraná (Essa doença grave, que é provocada por uma bactéria eliminada na urina do rato em especial nos períodos de chuva, já fez 85 vítimas na cidade em 2010. A maioria procurou assistência médica logo e conseguiu superar a doença, mas dezenove não tomaram o mesmo cuidado e morreram). http://www.bemparana.com.br/index.php?n=146884&t=leptospirose-ja-fez-85-vitimas-em-curitiba-em-2010, acessado em 15 de Março de 2011.


- Publicado em fevereiro de 2011 porJoice Hasselmann. Desde o início do ano, quatro pessoas morreram vítimas da leptospirose em Curitiba e região metropolitana. Foram registrados 131 casos suspeitos, e 16 foram confirmados até esta sexta-feira. http://blogdajoice.com/joice/?p=22047, acessado em 15 de março de 2011.


- Publicado em 11/02/2011 por Bruna Maestri Walter. Leptospirose mata 4 na Grande Curitiba. As chuvas registradas nas últimas semanas no Paraná colocaram os serviços de saúde em alerta devido aos riscos trazidos pela leptospirose. Nos últimos dois meses, pelo menos quatro pessoas morreram devido à doença em Curitiba e região metropolitana, duas na capital e duas em Colombo. http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1095668, acessado em 15/03/2011.

- Publicado em 13/01/2011 pelo CanalAgua. Pelo relatório da Secretaria de Estado da Saúde, Curitiba é a cidade que concentra o maior número de casos (106) e mortes (18), seguida dos municípios da região metropolitana: Colombo (19 casos e 4 mortes); Almirante Tamandaré (7 e 2); e São José dos Pinhais (7 e 1). Paranaguá, no Litoral do Estado, com 6 casos e 2 mortes, e Ponta Grossa, nos Campos Gerais, que também registrou 6 casos e um óbito, vêm na sequência. http://www.canalagua.com.br/noticias/ver/103-grandes-centros-urbanos-tem-mais-risco-para-a-leptospirose, acessado em 15/03/2011.


Poderíamos passar o resto do dia repassando informaçãoes a respeito da doença, existe um fonte inesgotável na internet a respeito dela, mas o importante é buscar formas de prevenção, volto a frisar: Converse com o seu médico veterinário de confiança e peça informação a respeito dessa doença, essa a melhor forma de cuidar de seu animal e de sua familia, pois como vimos acima a leptospirose mata.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Adestramento de Animais


Há milênios o homem vem moldando o seu modo de vida junto a natureza e isso tem sido feito também com os animais que com ele de convive. Os cavalos, leões, cães e o homem, pertencem ao mesmo reino, o reino animal; embora todos sejam mamíferos, cada qual pertence a uma espécie diferente; possuindo diferenças quanto a necessidades alimentares, habitação, expectativa de tempo de vida, período de gestação, etc. Seguindo esse racíocinio, deve ser fácil acreditar que todos possuem formas diferentes de viver e de como a vida deve ser “encarada”. Então que tal pensarmos como esses animais reagem a condição de relacionamento entre espécies, mais especificamente a relação homem-cão? A mudança na forma de adestar ou condicionar cães passou por uma grande mudança desde que o fisiólogo russo Pavlov (1849/1936), publicou um estudo sobre o condicionamento dos cães que ele estava estudando. Ele estudava a atividade digestiva dos cães e verificou que os cães começavam a salivar antes mesmo de receberem comida, somente ao ouvir seus passos no corredor. Hoje o adestramento é feito na base do estímulo-recompensa, buscando desenvolver ações onde o animal é estimulado e apresentar um determinado comportamento, sempre presevando as diferenças individuais e aptidões de cada raça (não dá para ensinar todos os labradores a serem cães de guarda, nem todos os rotweillers a serem amigos de todas as pessoas). Além de se observar a aptidão de cada raça é necessário tembém se avaliar o comportamento individual e a partir daí começar um trabalho de acordo com as características individuais de cada animal, buscando o seu desenvolvimento pleno para a atividade a qual ele se destina. Aqui vale o exemplo dos cães guias de cego, onde na parte final do adestramento esses animais depois de serem condicionados a certos rigores precisam tomar uma decisão contrária a um comando do dono: eles (cão e condutor) ficam no meio-fio, o condutor dá um comando para eles atravessarem a rua, se o cão obedecer ele é desclassificado, porque tem o barulho de um motor ligado, que pode ser um indicativo de carro em movimento na direção deles o que colocaria em risco a vida do seu condutor, aliás quando virem um cão-guia tenham o máximo respeito por ele e pelo seu trabalho e passem por eles (cão e condutor) como se fossem um transeunte qualquer, algo que desvie sua atenção do trabalho pode por em risco a vida do seu condutor, pense nisso. Costumo dizer que ensinar um cão é a mesmo que ensinar uma criança, as mães quando ouvem isso ficam assustadas, mas é basicamente igual, salvo a diferenças entre as espécies, baseia-se numa relação de afeto e companheirismo, onde um busca no outro aquilo que lhe falta. Quantas vezes nós repetimos uma palavra para uma criança e brincamos, damos risadas, quando ela pronuncia a palavra certa, depois vem a frase, depois, depois de muito tempo ensinamos a letras, os números, depois vamos juntando as letras e formando as palavras, sempre com um sorriso nos lábios, uma palavra de incentivo, um abraço, com os animais é a mesma coisa, começa-se aos poucos, ensinando com comandos simples e claros (não precisa gritar, mas marcar o que é certo e o que é errado), eles aprendem rápido, principalmente quando eles recebem um carinho e alguma guloseima, pronto, eles gravam na memória rapidamente e respondem prontamente quando estimulados. Respeito é a palavra chave para se conviver em comunidade, independente a espécie com a qual esta se convivendo e inteligência o homem gaba de ter a maior entre todas as espécies; então numa relação homem-outras espécies, deve o homem conhecê-las a fundo e usar sua inteligência para fazer com que elas convivam de forma harmoniosa com ele.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Leptospirose em cães

LEPTOSPIROSE EM CÃES

A leptospirose é uma das doenças mais antigas que se conhece, atingindo praticamente todos os mamiferos inclusive o homen, chegando a uma taxa de mortalidade em humanos em curitiba e regiao metropolitana da ordem de 12-15% dos contaminados. É uma doença cosmopolita, sendo transmitida pela urina do rato, que assim contamina alimentos expostos ou mal acondicionados.

Os ratos são animais que vivem em colonias, expondo-se quase que somente para buscar alimentos. Quando na colonia é tomada a decisão de que chegou a hora de buscar alimentos, o primeiro animal a sair é o mais velho ou um animal que esteja doente, somente após este animal voltar é que outro sairá em busca de alimento e assim sucessivamente, se um rato não voltar, nenhum outro rato sairá da toca neste dia; isso explica o fato de raticidas que matam o rato imediamtamente não surtirem efeito por longos períodos, pois os ratos que morrem pela ação deles é uma quantidade muito pequena em relação a quantidade que existem no ambiente.

Estamos na época do ano conhecida como época da ratada, pois as condições ambientais estavam favoraveis e os ratos procriaram aumentando e muito o numero de ratos no ambiente, agora que a população esta grande, eles começam a enfrentar uma dificuldade maior para encontrar alimentos, competindo mais entre si, a oferta de alimento tem sido cada vez menor isso tem levado a busca por alimentos quase que 24 horas por dias, nos remetendo ao problema acima citado.

A LEPTOSPIROSE tem aparecido em um numero grande de cães, levando a morte a sua grande maioria. Em cães os sintomas de leptospirose são:

1º - Emagrecimento progressivo ao longo dos dias – O animal vai perdendo peso sem que o proprietário perceba;

2º - Anemia – Esse sinal o proprietario dificilmente consegue perceber;

3º - Prostração – Pela dor, o animal reluta em levantar, caminhar, preferindo ficar a maior parte do tampo deitado;

4º - Inapetência, levando a anorexia – Aos poucos o animal vai parando de comer;

5º - Dores pelo corpo – O animal reluta em levantar;

6º - Temperatura – No inicio apresenta febre, depois a temperatura tende a cair para abaixo do normal;

7º - Ictericia – O animal começa a ficar amarelo, sinal de que a anemia esta acentuada;

8º - Lesões em órgãos internos – Pode haver lesão em fígado, baço, hemorragias em estomago intestino (que provocam vomitos e fezes com sangue), comprometimento em rins, etc;

9º - Desidratação – No começo leve, chegando a intensa com o passar dos dias;

10º - Óbito – Em função do agravamento dos sintomas, principalemente desidratação, hemoragias internas e comprometimento renal.

O tratamento baseia-se em:

- Reposição do equilíbrio hidro-eletrolítico e energético, no uso de antieméticos, protetores gástricos e de antimicrobianos.

- Transfusão de plasma ou de sangue fresco total

Principais antimicrobianos recomendados na terapia da leptospirose em cães e gatos.

Droga

Espécie

Dose

Via

Intervalo
(horas)

Duração
(semanas)

Penicilina G

C e G

25.000 a
40.000 U/kg

IM, SC, IV

12

2

Ampicilina

C e G

22 mg/kg

PO, SC, IV

6 a 8

2

Amoxilina

C

22 mg/kg

PO

8 a 12

2

Azitromicina

C

20 mg/kg

PO

24

1

Doxicilina

C

5 mg/kg

PO, V

12

2

Tetraciclina

C e G

22 mg/kg

PO

8

2

Eritromicina

C

15-20 mg/kg

PO, IV

8 a 12

2








C e G = cão e gato C = cão Fonte: Adaptado de GREENE, C.E. Infectious Diseases of the Dog and Cat, , 2006. Copiado de http://www.leptospirosenobrasil.com.br/doenca/tratamento.php, acessado em 01/03/2010

O grande cuidado contra a leptospirose esta na PREVENÇÃO, todos os animais devem ser vacinados. Converse com seu médico-veterinário, ele sabe o que é melhor para seu cão.