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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Giardiase

Giardíase


Descrição e Ciclo da Doença

Denomina-se giardíase a infecção pelo protozoário G. Duodenalis acompanhada por sinais clínicos. A manifestação clínica da doença pode proceder em um a dois dias á eliminação dos cistos. Dentre os animais domésticos, o protozoário, pode acometer cães, gatos, ovinos, bovinos, caprinos e cavalos, entre os animais silvestres são citados pássaros, camundongos e vários outros mamíferos selvagens.
O protozoário apresenta duas formas no seu desenvolvimento, trofozoítos e cistos.
A ingestão da água contaminada com cistos é a maior causa de giardíase nos animais e no homem, o que caracteriza como uma doença de veiculação hídrica.A sobrevivência dos cistos na água depende da temperatura, eles podem permanecer viáveis por até dois meses em água a 8 °C, e por apenas quatro horas em água a 37 °C. Após a ingestão de cistos há o desencistamento dos trofozoítos. Esse fenômeno é iniciado no estômago pelo ácido gástrico, que ativa os cistos, o processo é completado no duodeno. O ambiente ácido do estômago, um pH de 2,0 ou menos, e o pH praticamente neutro do duodeno são essenciais para este processo.
A colonização pelos trofozoítos está limitada ao duodeno distal e jejuno proximal. Uma vez que estejam no ambiente do conteúdo intestinal e na corrente fecal, as alterações ambientais fazem com que os trofozoítos encistem. Os cistos são expelidos nas fezes após um período pré-patente, que varia de 6 a 14 dias. Após a ingestão por um
hospedeiro apropriado, o ciclo se repete.

Sinais Clínicos
Geralmente, os animais infectados apresentam fezes de coloração pálida, amolecidas e com odor fétido, ocasionalmente podendo ser aquosas ou hemorrágicas. Alguns animais podem apresentar perda de peso, anorexia, febre, vômitos e dor abdominal.
Porém, a maioria dos casos são subclínicos, especialmente em animais adultos. Nesta faixa etária, a giardíase pode ser assintomática. A doença clinicamente aparente ocorre principalmente em filhotes e animais debilitados ou com doenças concomitantes, sendo a diarreia o sinal clínico mais comum. A diarreia também é comum em animais jovens e que vivem em locais de alta densidade populacional, como canis e gatis.
A variação na manifestação clínica da giardíase resulta de fatores relacionados ao hospedeiro, tais como sua resposta imunológica e sua condição nutricional. Assim como, de fatores referentes ao parasito, como a virulência e a patogenicidade da cepa de Giardia.
A giardíase tem sido uma das principais causas de doença nos animais domésticos, constituindo-se em problemas relativamente comuns na clínica médica de pequenos animais, em que pese o uso mais frequente de vermífugos, o problema é visto diariamente em consultórios, clínicas e hospitais veterinários ”.


Diagnóstico
O diagnóstico realizado através da Técnica Coproparasitológica, onde os cistos e trofozoítos estão presentes em amostras fecais, são o meio diagnóstico definitivo de giardíase, porque os sinais clínicos e os testes biológicos laboratoriais, não são específicos.
A técnica da centrifugação com sulfato de zinco, é o método preferencial para a detecção dos cistos de G. duodenalis. As fezes podem ser preservadas em 2 a 5% de formalina. Contudo, um exame fecal negativo não descarta a possibilidade de infecção por G. duodenalis, porque o período pré - patente pode ser mais longo que o período de incubação, e frequentemente o hospedeiro elimina os parasitas intermitentemente. O exame direto de amostras fecais por três dias consecutivos é necessário, para apoiar a confiança no resultado de que a giardiase pode ser eliminada das considerações diagnósticas.
Outras técnicas podem ser utilizadas para detecção de Giardíase como: Técnica para Detecção de Coproantígenos (ELISA), este teste detecta antígenos nas fezes conservadas em formol ou mantidas sob refrigeração, ou também pode ser solicitado reação da polimerase em cadeia (PCR).

Tratamento

Albendazol, pertencente ao grupo benzimidazóis, é administrado dois dias para cães com 90% de eficiência, mas é potencialmente tóxico, causando mielosupressão, também há suspeitas que seja teratogênico, não sendo indicado para gestantes.
O fenbendazol, também é do grupo dos benzimidazóis, apresenta para cães um efeito de 100% de remoção de Giardia, (de 6 em 6 cães tratados), não foram observados efeitos colaterais como diarréia .
Os compostos nitroimidazóis, como metronidazol, o ipronidazol, o secnidazol e
o tinidazol, possuem estrutura química e mecanismo de ação semelhante aos derivados
nitrofurínicos e tem sido empregados com sucesso no tratamento de Giardia.
O importante é observarmos que nenhuma droga funciona em 100% dos casos. Os testes de triagem das drogas estão baseados na remoção dos cistos das fezes, porém é possível que os organismos ainda estejam no trato intestinal, que haja inibição de produção de cistos por um período de tempo e ocorra uma infecção futura. Certamente que a autoinfecção externa também pode ocorrer pela presença de cistos nos pêlos do animal, por isso o período pré-patente para Giardia é extremamente curto, pois é possível um animal se reinfectar e excretar cistos, 5 dias depois do último tratamento.
Falhas no tratamento da giardíase podem ser observadas, estas poderiam resultar da resistência do parasita aos fármacos, da sensibilidade diferenciada das cepas de Giardia e dos possíveis déficits da resposta imune do hospedeiro.

Controle e Prevenção

Medidas de desinfecção do ambiente são sempre fundamentais no controle do protozoário, bem como de outras infecções provocadas por outros agentes. É importante salientar que também é necessário o banho no animal, pois alguns protozoários podem ter ficado aderidos na pelagem, e no momento da desinfecção do ambiente, dos canis ou gatis, por exemplo, é necessário observar se a água utilizada não atinge outros ambientes de moradia dos animais, provocando falha no processo.
Atualmente, no Brasil vem sendo empregada uma vacina específica para Giardia spp. Os animais podem ser vacinados contra giardíase pela imunização com extratos de trofozoítos de G. duodenalis ou sobrenadante de cultura celular, porém a eficiência protetora não está bem testada.

A Colméia Clínica Veterinária, oferece serviços de Vacinação contra Giárdia , Consultas e Exames laboratoriais específicos para animais com suspeita de doença. Qualquer informação entrar em contato pelo telefone: (41)3666-8686.


Drª Tayná Caroline Schwonka Vilcek.


AMARAL, A. V. C., VIANA, F. A. B., BORGES, K. D. A., ATAYDE, I. B., 2003. XXIV Congresso Brasileiro da ANCLIVEPA – Belo Horizonte, 2003.
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Leptospirose


Leptospirose

A Leptospirose é uma zoonose (doença transmitida dos animais para o homem assim como do homem para os animais) causada por uma bactéria do gênero Leptospira, possuindo distribuição mundial com altíssima incidência em regiões tropicais intimamente relacionada a épocas de chuvas e enchentes.
No Brasil, como em outros países em desenvolvimento, a maioria das infecções ocorre através do contato com águas de enchentes contaminadas por urina de ratos. Nesses países, a ineficácia ou inexistência de rede de esgoto e drenagem de águas pluviais, a coleta de lixo inadequada e as consequentes inundações são condições favoráveis à alta endemicidade e às epidemias.
A transmissão em cães pode ocorrer por contato direto de animais infectados, ou mais frequentemente, por transmissão indireta, onde o animal susceptível fica exposto a uma ambiente contaminado. A leptospira se multiplica rapidamente após entrar no sistema vascular espalhando -se por muitos órgãos e tecidos, incluindo rins, fígado, baço, sistema nervoso central, olhos e trato genital.
A apresentação clínica da leptospirose é bifásica, uma fase aguda e outra septicêmica (leptospiremia) que dura cerca de uma semana, seguida de uma fase imune, caracterizada pela produção de anticorpos e eliminação de leptospiras na urina (leptospirúria).
Fase de leptospiremia: fase de multiplicação do agente na corrente circulatória e em vários órgãos (fígado, baço e rins, principalmente). Ocorrem lesões mecânicas em pequenos vasos, causando hemorragias e trombos, que levam à infartes teciduais. A icterícia (aumento da concentração de bilirrubina na circulação) ocorre principalmente devido à lesão hepática, e não à destruição de hemácias. O rim começa a ter problemas de filtração. Há uremia ( aumento da concentração de uréia e ou creatinina mais sinais clínica associados) e o animal apresenta hálito de amônia. Este é o quadro agudo da doença no homem e no cão. A duração desta fase é de aproximadamente 4 dias (raramente chega à 7 dias).
Fase de leptospirúria: é a fase de imunidade, é caracterizada pela formação crescente de anticorpos com estabelecimento das leptospiras em locais de difícil acesso aos mesmos. Formam massas nos túbulos contornados renais, na câmara anterior do globo ocular, no sistema reprodutivo (vesícula seminal, próstata, glândula bulbo-uretral). A leptospirúria pode ser intermitente e durar de meses a anos.
O diagnóstico inicial da leptospirose é feito com base nos sintomas e sinais clínicos, avaliação do histórico e contexto epidemiológico e pelos resultados de exames laboratoriais, tais como elevação de atividade de enzimas hepáticas, bilirrubina, creatinina e uréia séricas. O diagnóstico laboratorial inclui hemograma completo, urinálise, sorologia e identificação da bactéria em tecidos apropriados. Na rotina clínica , a confirmação do diagnóstico clínico e epidemiológico se dá pela pesquisa de anticorpos específicos no soro, por meio do teste de soroaglutinação microscópica, ELISA, ou teste de aglutinação macroscópica em lâmina.
A terapia de suporte para animais com leptospirose depende dos sinais clínicos, da presença de disfunção renal e/ou hepática e outros fatores complicantes. Deve -se promover a hidratação a qual pode reverter os quadros de oligúria (diminuição a frequencia urinária) e anúria (ausência de urina), devendo ser usados diuréticos em casos mais graves. Também podem ser utilizados anti – eméticos quando da ocorrência de vômitos, em casos de hemorragia pode ser necessária a transfusão de sangue. A terapia com antibióticos deve começar tão breve possível, sendo a penicilina e seus derivados o antibiótico de escolha para o tratamento da leptospiremia.

A leptospirose é uma zoonose importante no Brasil e o cão por seu intimo contato com o homem, pode se tornar uma fonte de infecção. Para a prevenção da leptospirose, tanto humana quanto canina, é preciso a implementação de uma série de medidas de controle, como o controle da população de roedores, a manutenção de um ambiente desfavorável à sobrevivência das leptospiras e isolamento e tratamento dos animais infectados, além de se evitar o contato com água de enchentes para que não ocorra a disseminação da doença. Além dessas e outras medidas, a vacinação dos animais domésticos é de extrema importância prevenindo o aparecimento da doença.

A Colméia Clínica Veterinária possui um grande experiência em casos de Leptospirose, realizando detalhadamente exames clínicos e laboratoriais, além de programas de vacinação prevenindo o surgimento da doença.


Drª Tayná Caroline Schwonka (Médica Veterinária).


Referencia Bibliográficas

VIGNARD- ROSEZ,K.S.F; ALVES,F.A.R. Leptospirose canina. Disponível em : <http://www.cepav.com.br/br/paginas_internas/textos_tecnicos/leptospirose.html>. Acesso em : 13 de agosto de 2012.


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